abro ao porta ao silêncio
como se as palavras suspensas
fossem âncora, navegação à vista
ou salvação
sabes que não há paredes
onde impera a solidão dos pássaros
nem cães a ladrar nas ruas
olho a chuva que cai e desnudo
o silencioso piar de pensamentos ocultos
só a chuva, e o silêncio,
e tu
sabem das estradas que percorri, e da vontade
submersa de voar
Susana Duarte