"I don't need to manufacture trauma in my life to be creative. The world give me a reservoir of sadness or emotional trauma"
|Sting|
nada te resta, senão olhar-me de longe. sabes que habito outro plano, o do dia e da luz com que prossigo, todavia, sobre as flores submarinas. nada te resta, senão as lágrimas e o arrependimento. talvez possas ressurgir, noutras vestes, noutros seixos. mas serás sempre a sombra, a vida incompleta que se declina nos lugares que já não procuro.
quinta-feira, 25 de maio de 2017
quarta-feira, 17 de maio de 2017
há um poema por escrever onde a vida alucina e uiva
há um poema por escrever
onde a vida alucina e uiva,
onde as ondas são marés
ruivas de desalento, e o poema
decadente
se inscreve nas veias
azuis de todos os dias.
onde mora o poema,
demoram-se as aves
apátridas
e os sonhos dúbios
das mulheres. são sempre dúbios,
os sonhos das mulheres.
são azuis e são negros
e são brancos
e vermelhos,
os sonhos das mulheres.
como os poemas por escrever,
as mulheres demoram-se
nos beirais dos dias. esperam
pelas aves, pelas palavras,
pelos filhos, e por serem apenas
isso: mulheres, poemas por escrever,
apátridas como as noites
onde gatos ciciam diálogos
incompreensíveis, e caminham
sós pelas ruas de antes.
Susana Duarte
Subscrever:
Mensagens (Atom)
Noite
a noite das aves é segura: serena os vôos, abranda os passos e faz soar as águas onde sapos coaxam e os minutos se escoam por...
-
quando vieres, traz os dedos da aurora, e amanhece nas dobras cegas do pescoço onde, ontem, navegaste os trevos do dia lo...
-
adormeço as palavras sobre a lua indigente, sôfrega de céus e de lavras. durmo eu, sobre as noites de outrora, inventando palavras de noit...
-
E porque hoje foi um belíssimo Domingo de sol...eis que peguei em mim e na minha tagarela companhia e lá fomos nós até Montemor-o-Velho. Hav...