nada te resta, senão olhar-me de longe. sabes que habito outro plano, o do dia e da luz com que prossigo, todavia, sobre as flores submarinas. nada te resta, senão as lágrimas e o arrependimento. talvez possas ressurgir, noutras vestes, noutros seixos. mas serás sempre a sombra, a vida incompleta que se declina nos lugares que já não procuro.
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
Caravelas
breve partida,
horizonte longínquo
sonhos do sonho
de navegadores antigos
águas quebradas
horizontes perdidos...
brumas de memória
de sonhos anteriores,
procura incessante
de outros amores
...longínquos
imensos...
príncipes herdeiros
odores a canela
imperadores, guerreiros
princesas de sândalo
espreitam nas janelas
vestidos ligeiros
cruzam-se horizontes
conquistam-se impérios
busca de especiarias,
procura de minérios
História construída
vivida
lembrada
Nação erguida
com vidas
documentada
( Susana)
horizonte longínquo
sonhos do sonho
de navegadores antigos
águas quebradas
horizontes perdidos...
brumas de memória
de sonhos anteriores,
procura incessante
de outros amores
...longínquos
imensos...
príncipes herdeiros
odores a canela
imperadores, guerreiros
princesas de sândalo
espreitam nas janelas
vestidos ligeiros
cruzam-se horizontes
conquistam-se impérios
busca de especiarias,
procura de minérios
História construída
vivida
lembrada
Nação erguida
com vidas
documentada
( Susana)
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010
Laurent Filipe
Pouco conhecia de Laurent Filipe. Só por isso, já valeria a pena ter seguido os "Ídolos". Quem gostar deste género de música, certamente apreciará.
Para mim, é o início de uma prazerosa descoberta.
domingo, 14 de fevereiro de 2010
Domingo...
Eis o que preferia fazer, neste frio Domingo de Carnaval: sentar-me numa baía, com o sol a aquecer-me o rosto, e a luz longa de um dia de Verão...
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
Nell, com Jodie Foster
um filme fantástico...do qual pouco se falou e que é tão difícil encontrar na internet...esta cena que apresento é das poucas que aparecem no you tube ( ou serei eu que não estou com grande capacidade para encontrar mais?).
Nell, protagonizado por Jodie Foster, Liam Neeson e Natascha Richardson, é um filme datado de 1994, relaizado por Michael Apted. Apresenta-nos uma mulher simultaneamente forte e intocada pela sociedade que conhecemos; crescida nos bosques, livre e sem pré-conceitos sobre os outros, junto da mãe, Nell é "descoberta" por dois médicos, após a morte da sua mãe. Estes procuram levá-la a socializar no mundo urbano, causando uma sucessão de acontecimentos inesperados, de descoberta de novos mundos e experiências. Nell desenvolveu uma linguagem própria, incompreensível para os estranhos, que a assumem como intelectualmente débil, até se darem ao trabalho de a conhecerem melhor. Nas selvagens Smoky Mountains, Nell vive a Natureza de forma intensa e única, inconsciente do quanto a sociedade ostraciza tudo o que lhe pareça diferente. O médico protagonizado por Liam Neeson, porém, aparece-nos como um ser humano sensível, interessado em entender quem é Nell, aquela mulher na casa dos 30 que se move de forma diferente, fala de uma forma aparentemente sem nexo e se perde em olhares vagos...
A Psicologia e a Sociologia descreveram já, muitas vezes, as crianças "selvagens", localizadas em diferentes países, que originam no espírito humano um misto de curiosidade, fascínio e comiseração...assim nos aprece Nell, como uma mulher "selvagem", mas afinal cheia de complexos significados, no mundo relacional e físico em que cresceu e desenvolveu a sua personalidade.
É assim, a partir da ideia da "criança/mulher selvagem", que se desenrola a história de Nell sob os nossos olhos e corações. Porque Nell, afinal, representa aquilo que somos: a solidão, o medo, a necessidade de nos espelharmos em alguém, a influência da nossa história de vida e dos mitos e rituais familiares na construção do nosso ser. E o crescimento. E a poesia...
Nell, protagonizado por Jodie Foster, Liam Neeson e Natascha Richardson, é um filme datado de 1994, relaizado por Michael Apted. Apresenta-nos uma mulher simultaneamente forte e intocada pela sociedade que conhecemos; crescida nos bosques, livre e sem pré-conceitos sobre os outros, junto da mãe, Nell é "descoberta" por dois médicos, após a morte da sua mãe. Estes procuram levá-la a socializar no mundo urbano, causando uma sucessão de acontecimentos inesperados, de descoberta de novos mundos e experiências. Nell desenvolveu uma linguagem própria, incompreensível para os estranhos, que a assumem como intelectualmente débil, até se darem ao trabalho de a conhecerem melhor. Nas selvagens Smoky Mountains, Nell vive a Natureza de forma intensa e única, inconsciente do quanto a sociedade ostraciza tudo o que lhe pareça diferente. O médico protagonizado por Liam Neeson, porém, aparece-nos como um ser humano sensível, interessado em entender quem é Nell, aquela mulher na casa dos 30 que se move de forma diferente, fala de uma forma aparentemente sem nexo e se perde em olhares vagos...
A Psicologia e a Sociologia descreveram já, muitas vezes, as crianças "selvagens", localizadas em diferentes países, que originam no espírito humano um misto de curiosidade, fascínio e comiseração...assim nos aprece Nell, como uma mulher "selvagem", mas afinal cheia de complexos significados, no mundo relacional e físico em que cresceu e desenvolveu a sua personalidade.
É assim, a partir da ideia da "criança/mulher selvagem", que se desenrola a história de Nell sob os nossos olhos e corações. Porque Nell, afinal, representa aquilo que somos: a solidão, o medo, a necessidade de nos espelharmos em alguém, a influência da nossa história de vida e dos mitos e rituais familiares na construção do nosso ser. E o crescimento. E a poesia...
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