Às vezes, simplesmente, não apetece...
Não apetece estar, escrever, pensar. Apetece entrar numa dormência em que apenas o suave sol de fim de inverno, ou a suave brisa aromatizada a flores que desabrocham, nos devolvem ao mundo.
Há dias assim...em que o mundo parece ter entrado numa estranha espiral descendente, vertiginosa. Em que as pessoas desconfiam. Acusam. Desrespeitam. Se desunem. Agridem. Olham com o olhar de quem não precisa de ver porque cr~e já ter percebido tudo.
Há momentos, na História, em que as pessoas parecem perder o rumo, e se deixam levar pelos sentimentos mesquinhos de quem tem medo e se deixa invadir pelo seu lado obscuro.
E por isso, por vezes, não apetece. Simplesmente, esvaziam-nos o optismismo com a sua força negativa.
É necessário preencher as estórias de cada pessoa que cria História, com novas narrativas: as da expectativa, do optimismo, da união, da solidariedade, da verdade, da justiça. Só assim se pode colorir, de novo, a vida.
Venha a primavera e a sua cor. Precisa-se, urgentemente, de um novo sentir.
nada te resta, senão olhar-me de longe. sabes que habito outro plano, o do dia e da luz com que prossigo, todavia, sobre as flores submarinas. nada te resta, senão as lágrimas e o arrependimento. talvez possas ressurgir, noutras vestes, noutros seixos. mas serás sempre a sombra, a vida incompleta que se declina nos lugares que já não procuro.
quinta-feira, 18 de março de 2010
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Identidade são etéreas, as memórias. talvez apenas ilusões, talvez apenas estórias de abraços desabituados dos corpos. são névoas, as cançõ...
-
quando vieres, traz os dedos da aurora, e amanhece nas dobras cegas do pescoço onde, ontem, navegaste os trevos do dia lo...
-
E porque hoje foi um belíssimo Domingo de sol...eis que peguei em mim e na minha tagarela companhia e lá fomos nós até Montemor-o-Velho. Hav...
-
Coimbra, cidade mágica... Coimbra é noite, é luar e desassossego.. Coimbra é rua, multidão, palavras soltas. É mulher, sabedoria e tradição....
É de facto urgente a primavera e suas cores de alegria e encanto.
ResponderEliminarHá dias assim em que não nos apetece nada...até nos falta o ar para respirarmos. Temos medo que, ao menor movimento, tudo se desagregue à nossa volta...então, paramos e sentimos o maior desamparo e abandono...são os momentos do deserto.
ResponderEliminarDe repente, lá longe, cintila uma luz e apressamo-nos e descobrimos que o deserto escondia um oásis maravilhoso!!
Beijo
Graça
Assim é por vezes este mundo pesado suga-nos as energias, temos de parar, para as recuperar
ResponderEliminarfica bem
Susana,
ResponderEliminarTodos temos momentos assim, em que sentimos que devemos parar, em que uma pausa faz bem, o silêncio mesmo quando no meio da multidão, abstrairmos-nos é essencial para que coloquemos em ordem aquilo que parece estar desordenado.
Deves ter tido um motivo forte e,mesmo sem motivo todos necessitamos de tempo e espaço, uns mais que outros sentem esta necessidade, mas todos sentimos. Ter esse discernimento é essencial. Tanto que podia dizer-te..., mas prefiro dizer-te que estou aqui e, compreendo como essa urgência é urgente...
Bjnho grde de Luz
Sabe as vezes não apetece mesmo, mas não vamos mudar o mundo apenas contribuir para que cada um consiga mudar a sua história de vida,paz.
ResponderEliminarVenha a Primavera, sim! E com ela a Esperança que todos os corações necessitam de Vida positiva e raiada de Sol.
ResponderEliminarGostei muito de te ler.
Um abraço :-)))
Quanta sensibilidade nesse texto, Susana!
ResponderEliminarQue essa primavera traga às pessoas, sentimentos tão esquecidos como a solidariedade e a generosidade.
Lindo texto!
Beijos e uma semana encantadora!
Vera
Olá
ResponderEliminarÁs vezes não apetece mesmo, mas...a Primavera chega sempre!
Abraço
"É necessário preencher as estórias de cada pessoa que cria História, com novas narrativas: as da expectativa, do optimismo, da união, da solidariedade, da verdade, da justiça. Só assim se pode colorir, de novo, a vida. "
ResponderEliminarSem dúvida alguma, amiga. Sem paz nao pode haver realização ou plenitude. E quando convocamos ou deixamos despertar esse lado negro onde a mesquinhez impera, estragomos o outro e estragamo-nos a nós. E muito embora por vezes a paz seja aquela que tem de ser vivida no meio da luta, também há que fazer um esforço para deixar o sol entrar e nao a chuva violenta de quem so tem raiva e falta perdoar-se a si proprio.
E o sol vem... e nao precisamos de pensar quando somos livres. Os pensamentos ficam para os ardilosos que gostam de pintar a vida ensombrandom os outros. dar-lhes tempo de antena é sujarmos a nossa propia vida, conspurcando-a com noites de trovoada que deviam ser esteio para um bonito verao...
Um grande beijinho e obrigado pela sempre amizade
Leia mais: http://terradencanto.blogspot.com/#ixzz0j2NkGf8c
Convite
ResponderEliminarO livro "Continuando assim...", foi maltratado...
Resolvi por isso, e porque tanta gente não encontra o livro onde deveria estar (nas livrarias), recontar a história
Lá no …. Continuando assim…
www.continuandoassim.blogspot.com
Vamos em metade da história, o livro reescrito não está igual (nem poderia!) ao que foi editado.
Obrigada a todos os que vão seguindo (pois só assim vale a pena).
Um obrigada especial a quem ainda não conhece e chega de novo
Uma reflexão em relação a todo este assunto entre livros, autores e editoras, e um conselho, se me é permitido:
--- quando vos pedirem dinheiro para editar as vossas palavras, simplesmente digam que não ---
BJ
Teresa
Viva a vida, as cores , a primavera
ResponderEliminarBeijos
Susana essa sua Terra é de encanto mesmo!
ResponderEliminarFiquei inebriada ao ouvir as belas músicas lendo poemas que enternecem,inspiram e nos leva a pensar e sensibilizar juntamente com sua alma doce!
Que a primavera de cada um de nós renove descobrindo palavras que acendam a razão de VIVER!Abraço fraterno.