És
como um manto transparente
que cobre a borboleta
nocturna
que voa em mim.
Percorres
a noite silenciosa
que rasga o ventre do sono
e me faz acordar.
Ténue fio de vento
que transforma em tempestade
a outrora serena maré.
Vejo-te, agora
...como um voo nocturno, de asas escondidas.
Como um sonho sereno, quando rompe a manhã.
És uma estrela em mim.
Saboreio o odor do sonho
num porto de mar,
num chá de jasmim,
numa aurora a despontar.
És o sonho em mim.
A noite e o dia, quando o sonho começa.
nada te resta, senão olhar-me de longe. sabes que habito outro plano, o do dia e da luz com que prossigo, todavia, sobre as flores submarinas. nada te resta, senão as lágrimas e o arrependimento. talvez possas ressurgir, noutras vestes, noutros seixos. mas serás sempre a sombra, a vida incompleta que se declina nos lugares que já não procuro.
domingo, 29 de agosto de 2010
És invisível...
És invisível.
Como um manto transparente
que cobre a borboleta
nocturna
que voa em mim.
És invisível.
Percorres a noite silenciosa
que rasga o ventre do sono
e me faz acordar.
És invisível.
Ténue fio de vento
que transforma em tempestade
a outrora serena maré.
Quer ver-te, agora.
...como um voo nocturno, de asas escondidas.
Como um sonho sereno, quando rompe a manhã.
Onde quer que estejas,
és uma estrela em mim.
Saboreio o odor do sonho
num porto de mar,
num chá de jasmim,
numa aurora a despontar.
És o sonho em mim.
A noite e o dia, quando o sonho começa.
domingo, 15 de agosto de 2010
Ilha
Há, no horizonte, uma ilha.
Na ilha, a voz distante de um clamor.
É de verde que se veste o coração. Expectante.
(Fechas os olhos e
encerras, no seu eixo,
o segredo de que ainda só
suspeitas.
Não sabes. Mas esperas.
E a luz, dentro deles,
revela o sonho que te conduz.)
No horizonte, uma ilha.
Nos teus olhos, o horizonte.
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