sexta-feira, 21 de dezembro de 2012


Roseirais
 
 
 
fechei as estórias
sob uma balaustrada
onde,

incógnitas, residiram vozes de aves antigas

memórias de beijos
divididos

... sob a égide dos solares dias
passados

hoje, revejo a história dos nossos dias
e procuro, nos roseirais dos nossos olhares,
o sol
remanescente

o sol que, sobre a eternidade das peles,
leva os amantes ao altar das luzes
e ao vermelho-carmim de todas as bocas

em todas as bocas te amei
e em todas, te procurei

para, enfim, sobre o sol dos teus lábios
morrer

vivendo ligeira
no recanto dos teus olhos,
de onde me resgatas as noites

ave-sol-viajante-das minhas marés,
eternidade dos meus olhos,
permanência da boca sobre a pele

susana duarte

1 comentário:

A Maria Elisa Rodrigues Ribeiro, minha querida e amada Mãe

 chama pelo meu nome,  quem me dera ouvir-te chamar pelo meu nome            como chamaste  as aves sem céu,             as aves perdidas  s...