quinta-feira, 12 de maio de 2016



PANGEIA (excerto de poema do meu próximo livro de poesia)




(ouvindo Pedro Burmester, “Variações Goldberg” de J. S. Bach)




(...)
somos aves longínquas                         perdidas                         desencontradas quando, na dança das pernas,                            suamos verões e chuva rente aos olhos, lágrimas de seixo e lágrimas de água,             sobre pestanas límpidas               e espigas de trigo. somos corpos à beira de si mesmos,              cognoscentes dos perigos das pedras. somos construção, somos sonhos de união.                    continentes à deriva. deriva dos beijos. 

somos corpos à beira de um precipício.


deriva.

Susana Duarte

1 comentário:

  1. 3.33.3"
    gRRacias
    **
    reLI
    **
    fechei-me
    proCUREI
    SIlêncio
    e ouVI:
    https://www.youtube.com/watch?v=SkRdd1g2iec&list=PL-_dtWgyPrChvvfqwHVGaIS-ofbPySg5B

    fiquei a voar
    na deriva

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