quando vieres, traz os dedos
da aurora,
e amanhece nas dobras cegas
do pescoço
onde, ontem, navegaste
os trevos
do dia longo
[anterior às mágoas]
florescidos dos teus dedos,
esquecidos dos segredos
[onde as horas não chegam
e os teus olhos me faltam]
Susana Duarte
2017
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