Talvez percorra caminhos
que não sei,
quando as aves ensimesmadas
dormem,
e ocultam as asas
sob o peso da noite
e voam,
ainda assim,
possuídas pelo silêncio
com que evocas
o meu nome.
nada te resta, senão olhar-me de longe. sabes que habito outro plano, o do dia e da luz com que prossigo, todavia, sobre as flores submarinas. nada te resta, senão as lágrimas e o arrependimento. talvez possas ressurgir, noutras vestes, noutros seixos. mas serás sempre a sombra, a vida incompleta que se declina nos lugares que já não procuro.
(sobre uma foto do amigo William Bigorna, e sem autorização prévia), escrevo: há aves que pousam, silentes, nos ombros da madrugada (tão e...
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