sábado, 28 de setembro de 2019

és como as flores ausentes
de todas as primaveras 
anteriores: o mar de pétalas 
que desconheço. és, ainda,
a vaga impressão digital
sobre os ombros - a trémula
navegação do frio sobre
a pele incerta que me cobre
os dias. és a névoa húmida
que percorre os olhos, nos dias
ávidos de saber o nome
das entranhas, dos poros
e da celeridade das noites.

Susana Duarte


segunda-feira, 23 de setembro de 2019

i felt like you threw me
so far from myself
i've been trying to find my way back ever since

Rupi Kaur


domingo, 1 de setembro de 2019



o poeta é o silêncio 

com que ele próprio se escreve

diante de um espelho,


a alteração à norma

e o anátema com que descreve

a palavra proibida:


lúmen.






Susana Duarte

 metade de mim é silêncio. onde o silêncio habita as margens das veias, habita igualmente o mar tempestuoso  dos meus pensamentos. metade de...