prometo-te um poema
de silêncio e navegação,
uma onda lenta na pele,
o mar, a saudação
leve do dedo sobre a boca
e a neve que se desfaz nas costas
desabitadas.
Susana Duarte
nada te resta, senão olhar-me de longe. sabes que habito outro plano, o do dia e da luz com que prossigo, todavia, sobre as flores submarinas. nada te resta, senão as lágrimas e o arrependimento. talvez possas ressurgir, noutras vestes, noutros seixos. mas serás sempre a sombra, a vida incompleta que se declina nos lugares que já não procuro.
prometo-te um poema
de silêncio e navegação,
uma onda lenta na pele,
o mar, a saudação
leve do dedo sobre a boca
e a neve que se desfaz nas costas
desabitadas.
Susana Duarte
existias muito antes de me dares à luz, talvez desde o tempo das cerejas ou dos invernos que preferias à canícula de Agosto. exi...