construída pelas dissonâncias,
onde me sento sóe navego ondasde nada,
sou a antítese,
a matéria intrínseca do silêncio,e as noites do nada onde me sento
e sou.
Susana Duarte
nada te resta, senão olhar-me de longe. sabes que habito outro plano, o do dia e da luz com que prossigo, todavia, sobre as flores submarinas. nada te resta, senão as lágrimas e o arrependimento. talvez possas ressurgir, noutras vestes, noutros seixos. mas serás sempre a sombra, a vida incompleta que se declina nos lugares que já não procuro.
construída pelas dissonâncias,
onde me sento sóe navego ondasde nada,
sou a antítese,
a matéria intrínseca do silêncio,e as noites do nada onde me sento
e sou.
Susana Duarte
as manhãs dos desencontros
são as mesmas das expectativas:
suaves rugas da existência
ou vôos rasgados na névoa
branca de uma manhã
inesperada
como as nozes e o vinho
com que derretemos a noite
gélida e falamos a uma só voz.
Susana Duarte
metade de mim é silêncio. onde o silêncio habita as margens das veias, habita igualmente o mar tempestuoso dos meus pensamentos. metade de...