roubo à chuva
o sol que me pertence:
a clandestinidade da rua
permanece indistinta,
à sombra das palavras
negadas,
interditas,
ditas onde os terrenos
aguardam a chegada
do beijo.
roubo ao sol o calor
do vôo, onde aves soletram
manhãs de inverno
e separam as letras
de cada rumo ao sul.
roubo, enfim, o nome
decalcado na terra,
onde sou norte e sou sul
e não sei para onde vou.
Susana Duarte
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