domingo, 24 de outubro de 2021


quero de ti um poema de osso
e de asas, de rémiges 
escritas nos dedos

e de navegação da pele
sobre as mágoas antigas.

do voo, nada digas:

sobrevoa as costas 
das memórias, e transforma 
o poema na escrita da carne.

Susana Duarte

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