domingo, 5 de junho de 2022

 dispo o corpo das palavras

e sigo o caminho da pele:


pele, poema, poema-pele onde

as ondas se abatem sobre o algaço.


sereno as asas onde os vôos

(onde?) não bastam para aquietar a sede

dispersa pelos anos perdidos,

oblíquos, obtusos,


situados onde não me reconheço

pele de ser pele, palavra de ser pessoa,

ou viagem, ou norte.

Susana Duarte




perdi o corpo 

onde as ondas apagaram as palavras

ou, talvez, onde os ossos rarefeitos


iluminaram os dias de ontem.


Susana Duarte

Sem comentários:

Enviar um comentário

 metade de mim é silêncio. onde o silêncio habita as margens das veias, habita igualmente o mar tempestuoso  dos meus pensamentos. metade de...