domingo, 4 de setembro de 2022

 bastar-me-ia o mar,

se soubesses onde estou: ave perdida 

no sargaço


-talvez ave, talvez alga, talvez asa

             apodrecida por sobre a orla costeira-


talvez saibas onde reside a pluma solta,

a nave desmaiada, ou a areia adormecida

sobre o meu ventre nú


-nao saberás, nunca, da dor do silêncio

       em que pronuncio o teu nome, tão indizível

como o futuro esmaecido e o ar rarefeito


       em que me movo.


Susana Duarte


Sem comentários:

Enviar um comentário

 metade de mim é silêncio. onde o silêncio habita as margens das veias, habita igualmente o mar tempestuoso  dos meus pensamentos. metade de...