bastar-me-ia o mar,
se soubesses onde estou: ave perdida
no sargaço
-talvez ave, talvez alga, talvez asa
apodrecida por sobre a orla costeira-
talvez saibas onde reside a pluma solta,
a nave desmaiada, ou a areia adormecida
sobre o meu ventre nú
-nao saberás, nunca, da dor do silêncio
em que pronuncio o teu nome, tão indizível
como o futuro esmaecido e o ar rarefeito
em que me movo.
Susana Duarte
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