por vezes, apetece chorar
a chuva que cai,
a noite que desce,
a morte dos outros,
a estrela coberta,
o dia que finda,
o corpo cansado,
o que não se sabe
e o que não se vê:
soltar o grito aprisionado
no limbo,
no oráculo,
no terço,
na oração,
na expectativa,
na rotina,
onde quer que seja,
onde quer que esteja,
onde quer que oiças,
ou não oiças,
ou não vejas
o que nem sequer sabes
se sentes,
ou ouves,
e se ages
ou não. talvez sim.
talvez saibas. talvez ignores.
talvez seja a chuva.
talvez não.
e, afinal, o que é que importa?
Susana Duarte
Sem comentários:
Enviar um comentário