o silêncio determina as vozes
com que as memórias se perpetuam.
as palavras aniquilam a possibilidade
de regresso ao tempo das uvas.
é na forma como te colho o olhar,
que renasço dos vôos passados:
são as quimeras que içam as vozes
ao lugar das auroras suavizadas
pela presença das mãos, tão eternas
quanto os olhos, tão estranhas como eles-
tão díspares como as noites vívidas
e as outras, pó e nada e resistência e solidão.
Susana Duarte
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