prometo-te um poema de silêncio
e navegação,
uma onda lenta na pele
a saudação leve
do dedo sobre a boca
e a neve que se desfaz
sobre as costas
(outrora desabitadas).
Susana Duarte 🌻
nada te resta, senão olhar-me de longe. sabes que habito outro plano, o do dia e da luz com que prossigo, todavia, sobre as flores submarinas. nada te resta, senão as lágrimas e o arrependimento. talvez possas ressurgir, noutras vestes, noutros seixos. mas serás sempre a sombra, a vida incompleta que se declina nos lugares que já não procuro.
a noite das aves é segura: serena os vôos, abranda os passos e faz soar as águas onde sapos coaxam e os minutos se escoam por...
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