sabes onde vivem as aves
da tua paixão, meu amor,
ou as asas de vigilante da natureza
com que construíste caminhos
impolutos, verdejantes
e definidos
como as veias que latejam
ao ritmo do meu peito,
e nele se escondem
(ou navegam)
nas noites claras em que escreves
palavras ornadas de levante
na minha pele.
é nela que descansas,
e é dela que te ergues célere
sobre as horas tardias das preocupações,
erguendo sóis
nos nossos sorrisos cansados
e nas mãos dadas da nossa indefinível
paixão.
tens em ti todas as luas
que nos acalentam, todas as ruas
percorridas pelos passos resolutos
de um futuro
que se inscreve em cada braço
(tão alado como as aves
que te voam nos olhos quando, sereno,
me devolves o beijo)
Susana Duarte
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