quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Nell, com Jodie Foster

um filme fantástico...do qual pouco se falou e que é tão difícil encontrar na internet...esta cena que apresento é das poucas que aparecem no you tube ( ou serei eu que não estou com grande capacidade para encontrar mais?).

Nell, protagonizado por Jodie Foster, Liam Neeson e Natascha Richardson, é um filme datado de 1994, relaizado por Michael Apted. Apresenta-nos uma mulher simultaneamente forte e intocada pela sociedade que conhecemos; crescida nos bosques, livre e sem pré-conceitos sobre os outros, junto da mãe, Nell é "descoberta" por dois médicos, após a morte da sua mãe. Estes procuram levá-la a socializar no mundo urbano, causando uma sucessão de acontecimentos inesperados, de descoberta de novos mundos e experiências. Nell desenvolveu uma linguagem própria, incompreensível para os estranhos, que a assumem como intelectualmente débil, até se darem ao trabalho de a conhecerem melhor. Nas selvagens Smoky Mountains, Nell vive a Natureza de forma intensa e única, inconsciente do quanto a sociedade ostraciza tudo o que lhe pareça diferente. O médico protagonizado por Liam Neeson, porém, aparece-nos como um ser humano sensível, interessado em entender quem é Nell, aquela mulher na casa dos 30 que se move de forma diferente, fala de uma forma aparentemente sem nexo e se perde em olhares vagos...
A Psicologia e a Sociologia descreveram já, muitas vezes, as crianças "selvagens", localizadas em diferentes países, que originam no espírito humano um misto de curiosidade, fascínio e comiseração...assim nos aprece Nell, como uma mulher "selvagem", mas afinal cheia de complexos significados, no mundo relacional e físico em que cresceu e desenvolveu a sua personalidade.
É assim, a partir da ideia da "criança/mulher selvagem", que se desenrola a história de Nell sob os nossos olhos e corações. Porque Nell, afinal, representa aquilo que somos: a solidão, o medo, a necessidade de nos espelharmos em alguém, a influência da nossa história de vida e dos mitos e rituais familiares na construção do nosso ser. E o crescimento. E a poesia...


8 comentários:

  1. Hmm...confesso que não conheço, mas fiquei curioso...!...obrigado pela dica.

    :)

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  2. Olá susana,
    confesso a minha ignorancia, mas não conheço, mas se afinal, representa aquilo que somos: a solidão, o medo, a necessidade de nos espelharmos em alguém, a influência da nossa história de vida e dos mitos e rituais familiares na construção do nosso ser. E o crescimento. E a poesia... não irei perder.
    Veste a minha sofrida nudez.


    Beijo

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  3. Vi este filme que me tocou imenso, pela história, pela fabulosa interpretação da Jodie Foster.
    E nós, quantas vezes não somos a Nell incompreendidas neste mundo hostil á procura de quem nos entenda... Fizeste um resumo brilhante espicaçando a curiosidade de quem ainda não viu o filme.
    Beijos, Susanita!
    Graça

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  4. Adorei este filme, faz pensar .
    VC já assistiu o filme Energia Pura, vale a pena

    Beijos

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  5. Penso que já vi o filme uma vez na RTP-1 ha muito tempo mas nao tenho a certeza. Seja como for, o tema é sempre cativante, sem dúvida.

    beijinhos amigos

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  6. Esse filme é muito bonito e emocionante, Susana. Jodie Foster é uma atriz fantástica!
    Preciso assistí-lo novamente. Valeu a dica!

    Um ótimo final de semana, querida!

    Beijo,
    Vera

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  7. Susana,
    Sempre com dicas e lembranças fantásticas! Conheço o filme e, de facto toca-nos muito, deixa-nos a pensar no que somos e como somos não apenas dentro de nós, mas também fora e, com os outros. E a interpretação da Jodie é simplesmente brilhante como sempre!

    Bjo de Luz

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  8. TERRA DE ENCANTO: bonito partilhar do "Crescimento", em todos os aspectos ,da NELL...Que afinal, somos todos nós no nosso estado selvagem...Os medos do nosso crescimento condicionam a PROCURA e gente há, que é sempre um animal selvagem, apesar da vida e da infância serem ,infinitamente!- melhores que as da Nell...
    Gente há que nunca deixa de olhar o seu umbigo, sem pôr os olhos no mundo... Gente??? SERES sem alma, sem o místico do nosso natural crescimento... Gente que permanece selvagem...apesar da roupa de marca e da futilidade da Maldade natural!
    BEIJOS DE
    LUSIBERO

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