as casas habitadas
pelo silêncio
de pessoas,
elas próprias,
silentes,
vivem das águas
das calheiras,
residentes nas confissões
que, das águas, se desprendem,
quais telhas rubras
onde (me) voo.
nada te resta, senão olhar-me de longe. sabes que habito outro plano, o do dia e da luz com que prossigo, todavia, sobre as flores submarinas. nada te resta, senão as lágrimas e o arrependimento. talvez possas ressurgir, noutras vestes, noutros seixos. mas serás sempre a sombra, a vida incompleta que se declina nos lugares que já não procuro.
e agora, dormes. velo o teu sono (habito-o?) onde a morte te apartou de mim e o vento tudo derruba dentro do meu peito triste. só as aves ...
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