nada te resta, senão olhar-me de longe. sabes que habito outro plano, o do dia e da luz com que prossigo, todavia, sobre as flores submarinas. nada te resta, senão as lágrimas e o arrependimento. talvez possas ressurgir, noutras vestes, noutros seixos. mas serás sempre a sombra, a vida incompleta que se declina nos lugares que já não procuro.
sábado, 27 de junho de 2015
Na doçura da tarde ardem os dedos - Joaquim Monteiro
Uma tarde chega
Onde os dedos partem
Tudo arde
Na doçura da voz
Ardem os lábios
Sobre a luz do sol
Cantam as aves
A loucura do voo
Quando a pique caem
Sobre o brilho dos olhos
O longe se faz perto
Na cor inflamada
Onde o murmúrio
É a rosa no jardim secreto
O ardor da buganvília
Sobre a cal da pele
Tudo arde
Na fogueira dos sentidos
Só a cinza da ternura
Permanece quente
Onde o ventre chora
Na alegria extremada
De subtis dedos.
Joaquim MONTEIRO
2012-06-21
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Coimbra, cidade mágica... Coimbra é noite, é luar e desassossego.. Coimbra é rua, multidão, palavras soltas. É mulher, sabedoria e tradição....
gostei deste arder sem fogo nem lume
ResponderEliminarGosto deste amar mais do que a dor ou ciume
Ao passar pela net encontrei seu blog, estive a ver e ler alguma postagens
ResponderEliminaré um bom blog, daqueles que gostamos de visitar, e ficar mais um pouco.
Eu também tenho um blog, Peregrino E servo, se desejar fazer uma visita
Ficarei radiante,mas se desejar seguir, saiba que sempre retribuo seguido
também o seu blog. Deixo os meus cumprimentos e saudações.
Sou António Batalha.
Olá, António.
EliminarObrigada pela visita e pelas gentis palavras.
Até já.