nada te resta, senão olhar-me de longe. sabes que habito outro plano, o do dia e da luz com que prossigo, todavia, sobre as flores submarinas. nada te resta, senão as lágrimas e o arrependimento. talvez possas ressurgir, noutras vestes, noutros seixos. mas serás sempre a sombra, a vida incompleta que se declina nos lugares que já não procuro.
terça-feira, 23 de junho de 2015
talvez os braços sobre o ventre,
ou a serena mansidão da espera intermitente.
escolho os braços,
e deixo de parte a antiguidade dos sonhos.
escolho os braços.
talvez os olhos claros sobre os dedos,
ou a interioridade do ventre
sobre os interstícios dos corpos.
escolho os braços
e a noite clara.
talvez sejas o sonho dissipado na névoa
das manhãs de outrora.
ou a memória viva
da pele
sobre a pele.
escolho os braços,
e deixo de parte a espera.
espreito o dia, como um espreita-marés
que, sobre os flancos, olha as margens
e navega sereno sobre os braços.
antes os braços com que me passeias
sobre o ventre, que os interstícios infindos
de corpos sem flanco.
Susana Duarte
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Coimbra, cidade mágica... Coimbra é noite, é luar e desassossego.. Coimbra é rua, multidão, palavras soltas. É mulher, sabedoria e tradição....
3.44.3"
ResponderEliminar7 aBRAÇOS
7 :*
abRReijinhossssssssssss
ResponderEliminarmuitos