sábado, 26 de dezembro de 2015

as aves dos desacertos



as aves solitárias agarram as pálpebras
por onde os sonhos habitam os cílios,
e colhem madrugadas vãs,
apesar das neves eternas
e das névoas claras


e, assim, revelam as águas
e as tormentas

e erguem os sons ásperos
das línguas.

são as aves dos desacertos,
e das memórias.



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