as aves solitárias agarram as pálpebras
por onde os sonhos habitam os cílios,
e colhem madrugadas vãs,
apesar das neves eternas
e das névoas claras
e, assim, revelam as águas
e as tormentas
e erguem os sons ásperos
das línguas.
são as aves dos desacertos,
e das memórias.
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