sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

no negro dos lábios, a vida


no negro dos lábios, a vida
toda. na boca dos cabelos, 
a imensidão das noites. 
sem querer, conto as auroras
perdidas de quem sou.


na leitura das linhas, perdida
foi a boca. o que se excede
não é nada. apenas a sombra:
ave sem rectrizes. onda. eu.

Susana Duarte




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