segunda-feira, 25 de janeiro de 2016



(a

leaf
falls)


one
loneliness

e.e.cummings


« La strada non c'è.
Da qui in poi, speranza.
Mi manca il respiro,
da qui in poi, speranza.
Se la strada non c'è,
la costruisco mentre procedo.
Da qui in poi, storia.
Storia non come passato, ma come tutto ciò che è. » 


( Ko Un da Songs for Tomorrow, 1992)


domingo, 24 de janeiro de 2016


ficam as memórias nas margens
incongruentes
do vómito,
onde as cobardias 
se atropelam e impedem o passo.



as caminhadas, só, impõem o ritmo
quando os outros abandonam
os rios, salgando os pés,



sangrando os lábios,

obscurecendo os olhos.



Susana Duarte.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016



Talvez a vida seja isto


uma espera ininterrupta


de pessoas e coisas,





um voltar sempre 


buscando respostas. 


Francisco Galvez 


(tradução de António Carneiro.)

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016



a casa ganhou pó,
ao mesmo ritmo
do embaçamento dos copos
(corpos?)


e dos sorrisos perdidos
por entre os espaços
deixados vazios

pela presença dos teus flancos
e dos teus braços
e das voltas poeirentas
dos amores antigos

Susana Duarte


segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Cheias em Coimbra

http://www.rtp.pt/noticias/pais/bares-da-zona-ribeirinha-de-coimbra-inundados_v887277

http://www.publico.pt/culturaipsilon/noticia/baldes-e-esfregonas-para-reabrir-o-convento-de-santa-claraavelha-1719872


http://www.cmjornal.xl.pt/multimedia/detalhe/cheias_em_coimbra.html



terça-feira, 5 de janeiro de 2016



escrevia-te onde as mãos não chegam,
onde os cabelos não dormem,
e as coisas do mundo
permaneciam
ignotas.


aí, onde moram os fragmentos da paixão,
deixava, inertes, os olhos, escuros-
-adormecidos-povoados
de luz azul
e sonhos.

mortas as luzes sobre o peito,
aconcheguei nele o sol
dos poemas
de antes.

escrevo-te, ainda, onde a morte das palavras
é o recanto esquecido da dor,
e os olhos amortecem
a força das ondas
e o mar
todo.

escrevo-te, apenas, porque preciso de varrer
as folhas caídas no chão, aquelas
que deixaste, amarelas,
sobre as pedras
e o ventre.

escrevo-te, por fim,
para amainar
o vento.

Susana Duarte

 metade de mim é silêncio. onde o silêncio habita as margens das veias, habita igualmente o mar tempestuoso  dos meus pensamentos. metade de...