quinta-feira, 21 de abril de 2016

não mais cantarei o adeus que impuseste, 
antes os abraços de todos os encontros.

evitarei as ruas por onde, antes, caminhei
lado a lado com o sonho mitigado pela breve
presença das tuas mãos. não mais cantarei
o adeus que impuseste, ou as noites breves,
corrompidas pelo amanhecer das partidas.

cantarei, antes, as rosas semeadas nos dedos
e as auroras desfolhadas por onde mãos 
ténues de luz se passeiam agora. não mais
iluminarei velas antigas, de framboesa e ténue
luz, antes a solar claridade do beijo rubro
que o passado me devolveu. cantarei braços
fortes e abraços eternos, carícias longas
e longos invernos semeados nos abraços
que, agora, nos damos. cantarei o passado
reencontrado. e as manhãs de agora. 

Susana Duarte


2 comentários:

  1. Pois é preciso que cantemos as manhãs do presente para preservar as glórias e agruras dos passados.
    Um beijinho! Lindo poema!!!

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  2. TOP 11...
    AQUEL'AbRReijinhooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo

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 metade de mim é silêncio. onde o silêncio habita as margens das veias, habita igualmente o mar tempestuoso  dos meus pensamentos. metade de...