domingo, 6 de novembro de 2016

Escrita 

escrevo suor em folhas de papel
e detenho as cores nos olhos de mar

derreto águas sobre o papel dos sonhos
e reajo ante a sonora invasão
dos rios agitados

onde a alma se revê, 
renasce, 
escreve, 
habita, 

é.

derreto as névoas intemporais do sonho
e habito-te, na serena calada da noite, 
véspera de todas as manhãs, amplitude 

de todas as cores

que me serás no peito.

Susana Duarte

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