de todas as aves
desconhecidas
ficou apenas o som.
em todos os vôos
inusitados:
as palavras.
em todos os seres
desabitados,
a solidão.
Susana Duarte
nada te resta, senão olhar-me de longe. sabes que habito outro plano, o do dia e da luz com que prossigo, todavia, sobre as flores submarinas. nada te resta, senão as lágrimas e o arrependimento. talvez possas ressurgir, noutras vestes, noutros seixos. mas serás sempre a sombra, a vida incompleta que se declina nos lugares que já não procuro.
a tristeza é um túnel onde a procura do sal e do fogo nada diz (aos outros) sobre as ausências (que são as nossas). sei do sal e do fogo...
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