soltam-se, das aves, as plúmulas
insubmissas
que descreveram margens
de rios outrora
ocultos.
desfazem-se nas madrugadas
transparentes,
sonoras como os ecos
de todas as ausências
com que me escreves
nos ossos,
doridos e insubmissos como as plúmulas,
ocidente de todos os desejos.
soltam-se, e desfazem-se,
as plantas ocultas do voo das aves.
Lá, onde o ocidente se atreve
a cirscunscrever oceanos,
todas as ondas não bastam
para conter a fúria
do voo.
Susana Duarte
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