o poema desorganiza-se,
observando o voo das aves trémulas.
é um poema-ave, o que se fractura
nas encostas das manhãs
seguras.
nada te resta, senão olhar-me de longe. sabes que habito outro plano, o do dia e da luz com que prossigo, todavia, sobre as flores submarinas. nada te resta, senão as lágrimas e o arrependimento. talvez possas ressurgir, noutras vestes, noutros seixos. mas serás sempre a sombra, a vida incompleta que se declina nos lugares que já não procuro.
é, então, isto o Amor: a quieta submissão da vida aos braços do Outro de nós, roteiro das bermas onde podemos descansar. é, então, isto: ...
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