somos as asas quebradas
de um qualquer horizonte longínquo
(ossos fracturados
de uma razão desconhecida);
atentos aos sons passageiros das aves,
(e circunspectos como elas),
soletramos
esperas,
devaneios
e acções
tão risíveis quanto os dias que nos atropelam.
somos, todavia, expectativa
pudor
alegria indisfarçada
quando o sorriso nos confronta e,
na simplicidade das horas, ilumina.
Susana Duarte
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