o silêncio é tão estranho
quanto outra coisa qualquer,
e tão desabitado quanto a alma
das mulheres deixadas vivas pelo vento
tempestuoso
das vontades antigas- as do alento
e da fé, da força e das asas
desabitadas de janelas
quebradas
pela morte das memórias.
o silêncio vive nas histórias
que guardo, secretas e risíveis,
entre as páginas dos livros.
também tu, secreto e risível,
habitas os dias de ontem, os que semearam
silêncios
na pele-toda-com que me visto.
Susana Duarte
1o dia de Primavera
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