já escrevi sede nos lábios,
na procura da barca da aurora.
já escrevi rochas fendidas
nas manhãs do corpo.
houve madrugadas cessadas
sobre os ombros nús de noites sem noite.
escrevi sede sobre a pele rarefeita,
decomposta
de uma alma insaciável.
hoje, escrevo para ti, por sobre as letras
escritas na pele ávida
da queda das águas sobre
o sal do corpo.
Susana Duarte
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