domingo, 7 de julho de 2024

 já escrevi sede nos lábios,

      na procura da barca da aurora.

já escrevi rochas fendidas

        nas manhãs do corpo.


 

houve madrugadas cessadas

   sobre os ombros nús de noites sem noite.


escrevi sede sobre a pele rarefeita, 

decomposta

       de uma alma insaciável.


hoje, escrevo para ti, por sobre as letras

escritas na pele ávida 

da queda das águas sobre 

         o sal do corpo.


Susana Duarte 


Sem comentários:

Enviar um comentário

Noite

 a noite das aves é segura:     serena os vôos,        abranda os passos e faz soar as águas onde sapos coaxam e os minutos se escoam    por...