segunda-feira, 6 de janeiro de 2025

 roubo à rua 

o sol que me pertence:


a clandestinidade indistinta,

a sombra das palavras 

negadas,


interditas,


ditas onde os terrenos

aguardavam a chegada

       do beijo.


roubo ao sol o calor

do vôo, quando as aves soletram

      manhãs de inverno,


separando as letras 

de cada rumo

          ao sul.


roubo o nome

decalcado na terra,


onde sou norte e sou sul


e decido para onde vou.


Susana Duarte

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