beija-me os olhos marejados
de ausências
e ausenta-te de ti,
navegante flávio
dos meus cabelos negros
e das sombras
que me habitam.
estou onde não estás
(tento respirar)
Susana Duarte
nada te resta, senão olhar-me de longe. sabes que habito outro plano, o do dia e da luz com que prossigo, todavia, sobre as flores submarinas. nada te resta, senão as lágrimas e o arrependimento. talvez possas ressurgir, noutras vestes, noutros seixos. mas serás sempre a sombra, a vida incompleta que se declina nos lugares que já não procuro.
e agora, dormes. velo o teu sono (habito-o?) onde a morte te apartou de mim e o vento tudo derruba dentro do meu peito triste. só as aves ...
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