quinta-feira, 6 de fevereiro de 2025


 tenho a idade de todas as idades, 

de todas as cidades,

contente no descontentamento 

de ser invisível


enquanto desenho  noites

nas esquinas da alma.


escrevo sons no ar,

na sonora imensidão dos peixes.


na terra, abro as mãos

e perfumo de incerteza o dia

e leio 

-nas entrelinhas

silabadas de um jornal antigo-


a palavra-sabor, 

a palavra-abrigo.


Susana Duarte



Sem comentários:

Enviar um comentário

 é, então, isto o Amor: a quieta submissão da vida  aos braços do Outro de nós, roteiro das bermas onde podemos descansar. é, então, isto:  ...