Na música do encontro, bailam as notas da melodia
que, presas no mel da noite, e tocadas na luz do dia,
se desprendem de uma gota de chuva alheada do sol,
e se tocam nos ombros da tarde onde, lesta, se move
a pressa de sonhar. ( A pressa de ter a tarde no rosto).
...
A vontade de mosto, em tarde de Setembro. O doce
suor de Maio, uma chuva de Novembro. (De onde és?)
Na uva sacarina de uma música que se sobrepõe a mim,
A fuga é o contraforte de sons abertos ao dia. (Melodia).
Notas que fogem de outras, em alegre consonância,
na alegria com que derramas a voz no toar da Canção.
Diafragma de uma debandada de aves inscrita na noite.
Apóstrofo de um diálogo. Ave solta. (Céu azul. E Evasão.)
susana duarte