quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Talvez



Talvez, um dia, escreva de novo um poema,


o poema uno,
o poema-pele.



Será o poema estranho:

quando as névoas se atrevem

a escrever letras indivisas,

tornam-se cúmplices das feiticeiras.


Talvez, um dia, volte a escrever

um poema.










Susana Duarte


1 comentário:

 sobre o silêncio  pesam as almas das aves, das mulheres sós e da amálgama de peles ao relento em terreno nú nas escadas paridas pelas dores...