os dedos percorrem sílabas
onde o verbo, exilado,
anuncia o tempo
e o tempo, silente,
revê nervuras
e as mãos.
são folhas de romã, os dias,
e palavras perdidas
onde o tempo se esgota.
nunca mais os dias de verão
serão as searas douradas de antigamente.
o restolhar das folhas,
e a palavra
decadente
perdem os sentidos,
onde o verbo descreve as curvas
e a idade amontoa frases
e ilumina memórias.
Susana Duarte
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