quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

é no teu corpo

que incendeio               o verbo          e colho
a tempestade                          das mãos

descubro, nelas,          o restolhar
das luzes secas           as palavras

e o corpo,

o meu,                          na memória nua
com que te deito                     os braços
e me cubro

e vivo.

Susana Duarte

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