há um nome
para todas as coisas.
há um nome
para os voos errantes,
e para as aves trepadoras,
e para as mulheres aladas.
há um nome
para as ondas sobressaltadas,
e para as névoas. há um nome
para as coisas cujo nome
não creio saber,
e para ti. tu, cujo nome não
pronuncio, existes, todavia,
onde as marés alcançam
a solenidade do sol e
derrotam as angústias
calcificadas nas vertentes
incorpóreas das palavras,
e dos nomes,
que não ouso dizer.
Susana Duarte
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