vou esquecer os sonhos de ontem,
como a madrugada desoladora
se despede da noite:
deixando os pés onde os passos
são perdidos, e os corpos
se apartam da pele.
vou esquecer a madrugada
como a ave se despede da primavera:
também eu migrarei
para o lugar do oblívio,
onde me deixas a cada palavra.
Susana Duarte
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