sinto falta dos teus braços,
onde navego momentos de um tempo
suspenso.
sei onde estás, braços salgados
da procura, e reflicto neles as águas cálidas
de um ventre nú. és a manhã desassombrada
e o suave descanso dos ombros
sobre a opressão dos dias. és a criação
de uma aurora, desenhada a óleo
sobre os meus olhos
(onde escondes o sorriso)
eles próprios suspensos, farol e faroleiro
de uma vontade afogada nos dias de ontem,
talvez de todos os ontens. reencontro
os dias de verão onde suas temores.
desaguo na foz de um rio novo, e rio.
Susana Duarte