sexta-feira, 28 de junho de 2024

 sinto falta dos teus braços,

onde navego momentos de um tempo 

                     

                             suspenso.


sei onde estás, braços salgados

da procura, e reflicto neles as águas cálidas 

de um ventre nú. és a manhã desassombrada


e o suave descanso dos ombros 

sobre a opressão dos dias. és a criação 

de uma aurora, desenhada a óleo 


sobre os meus olhos

              (onde escondes o sorriso)


eles próprios suspensos, farol e faroleiro 

de uma vontade afogada nos dias de ontem,

talvez de  todos os ontens. reencontro 


   os dias de verão onde suas temores.

              desaguo na foz de um rio novo, e rio.



  Susana Duarte 



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