segunda-feira, 12 de maio de 2025

 sei das rosas      que amavas

e da delicadeza   do toque,

ainda que as        memórias 

obnibuladas             pela dor,

se ausentem        de mim.


soubesse eu de ti, e dar-te-ia

as mãos             e os abraços 

e os sorrisos      e as carícias  

a que, ainda ontem,    assisti 

na missa sagrada: uma mãe,


mão dada com a mão da filha:

movimentos carinhosos 


e as lágrimas dos meus olhos


ora acesos,

ora apagados,


tristes olhos, os meus,          sem ti

triste persona, a minha,        sem ti.


perdoa-me, filha, 

por querer ser mãe e sentir tanta falta

da minha.     nos abraços que me dás 

e me completam, 


               incompleta que estou


sem os braços de quem me chamava 

filha, oh filha, Susy, sinto -me tão só,

assim me sinto eu, a tentar a alegria


na ausência excruciante da tua voz.


Susana, tua filha.

Sinto a tua falta, mamã, Maria Elisa, Lusibero.


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