o tempo desfolhou as flores
que, outrora, trazia no peito.
desfolhou-as
num instante, quando os olhos
se moveram ao encontro
das mãos
e do peito
e da voz
desfalecidas num segundo,
o segundo breve de o tempo
deixar de o ser,
de a ave que em nós havia
ser levada pelas ondas sonoras
daquela madrugada em que as mãos
partiram
deixando as flores
desfolhadas
no peito do imenso desalento
da tua enorme ausência
sem que o Tempo volte a ser
tempo de escreveres pétalas das flores
em mim.
Susana Duarte com Maria Elisa Ribeiro, minha mãe ✨🤍🌌🙏
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