quinta-feira, 1 de maio de 2025

 o tempo desfolhou as flores


que, outrora, trazia no peito.




desfolhou-as


num instante, quando os olhos 


se moveram ao encontro 




das mãos


    e do peito


           e da voz




desfalecidas num segundo,


o segundo breve de o tempo 




deixar de o ser,




de a ave que em nós havia


ser levada pelas ondas sonoras 


daquela madrugada em que as mãos 




partiram




deixando as flores 


desfolhadas 


no peito do imenso desalento




         da tua enorme ausência




sem que o Tempo volte a ser


tempo de escreveres pétalas das flores




em mim.




Susana Duarte com Maria Elisa Ribeiro, minha mãe ✨🤍🌌🙏


 


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