e agora, dormes.
velo o teu sono (habito-o?)
onde a morte te apartou de mim
e o vento tudo derruba
dentro do meu peito triste.
só as aves poisam serenas,
libertas
sobre o nada e os acasos
e a fruta madura.
e agora, dormes.
só a luz te leva para o lugar
das maçãs camoesas,
ou das estrelas luzentes
da vida
que te trouxe um dia a mim: útero,
alma, peito e vida. dormes.
nada sei.
dormes onde abraças
o que não alcanço.
a vida que em ti dorme
transforma os frutos
e dá-me a sede
outrora desconhecida.
Susana Duarte
Mais um dia sem ti, minha mãe, Maria Elisa Ribeiro , minha protecção no céu infinito ♾️.
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