que vontade, meu amor, de tornar longas as noites,
e frescas as madrugadas das gotas dos teus olhos
e frescas as madrugadas das gotas dos teus olhos
é aí, na nossa vontade, que sei quem sou.
nada te resta, senão olhar-me de longe. sabes que habito outro plano, o do dia e da luz com que prossigo, todavia, sobre as flores submarinas. nada te resta, senão as lágrimas e o arrependimento. talvez possas ressurgir, noutras vestes, noutros seixos. mas serás sempre a sombra, a vida incompleta que se declina nos lugares que já não procuro.
sobre o silêncio pesam as almas das aves, das mulheres sós e da amálgama de peles ao relento em terreno nú nas escadas paridas pelas dores...
Sem comentários:
Enviar um comentário